Vida de um fone
Som… som… estou funcionando?
Olá, eu sou o fone da Letícia e queria te falar o que é ser um fone dela.
Ela tem um gosto bem eclético, já toquei tanta coisa para ela! Desde pop lançados recentemente, até aquelas do tempo de guaraná com rolha que te faz pensar em uma discoteca.
Estou presente em vários momentos da vida dela, sejam bons ou ruins. Nos dias em que ela está bem, toco um Watermelon Sugar ou Ginga bem alto, mas tem dias (ou só em alguns momentos) que ela só quer ouvir Someone Like You da Adele e cantar em plenos pulmões.
Mas não é só para tocar música que eu sirvo, viu? Teve um tempo em que ela estava ouvindo umas meditações guiadas, era bem legal, a deixava calma e preparada para o dia dela, mas acho que ela enjoou, faz tempo que não me põe para tocar.
E os podcasts sobre mindfulness? Até eu que sou um fone fazia reflexões sobre a vida e como é ser um humano. Quanta coisa eles podem sentir, pensar, fazer…
Acredito que eu seja o objeto que mais sou usado pela Letícia, ela me usa quando está limpando a casa, quando está tendo seu momento de assistir vídeos besteirol e em muitos outros.
Como é no trabalho que ela passa a maior parte do tempo dela, já toquei muita música enquanto ela está lá dando duro. Tem dias que ela quer ouvir um jazz bem relax para se concentrar, mas tem dia que ela está sangue nos zoio e só quer ouvir Toxicity do System Of a Down milhares de vezes seguidas.
Mas sabe no que eu estou ansioso? Para sair por aí com ela, no metrô, no ônibus, na rua. Mas eu ouvi um papo de que está rolando uma pandemia, então é melhor ela se proteger…
*Exercício feito para o curso Jornada da Escrita do Projeto Elas
